Há 199 anos o Brasil era declarado independente. Dom Pedro I tornou-se imperador do país. O Brasil deixava de ser colônia motivado principalmente pelo gostinho de ter seus portos abertos para livre comércio com os outros países que não Portugal, era visto como um país expansionista. Claro que não foi simples assim, teve a turma do “deixa disso”, a turma que incentivava e outros que resistiram, até que Dom Pedro se encheu de coragem (e outras coisas mais) e no dia 07 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga deu o grito de Independência.
Dizem que não tem comprovação que isso realmente aconteceu, de todo modo, é emocionante imaginar que ele fez isso: – Independência ou morte?
Claro, independência!
Mas o quão livres e independentes somos?
Outro dia, em uma conversa divertida com meu irmão que é militar, um mundo em que há muitas regras e a hierarquia deve ser respeitada de um jeito que me surpreende, eu disse que ele queria ser preso. Rebatendo a minha fala, ele fez a pergunta: Mas quem não está preso?
Até hoje eu penso nisso!
Vivemos em sociedade e somos seres relacionais por natureza, o que nos remete a interdependência.
Interdependência significa que dependemos em maior ou menor grau uns dos outros, ou seja, em algum momento vamos precisar de alguém. E essa necessidade pode fazer com que realmente fiquemos “presos”. Presos por simplesmente receber um favor hoje e amanhã se sentir na obrigação de retribuir, mesmo que isso não tenha espaço no nosso dia, por exemplo.
E aí está o desafio. Aprender a viver o que acreditamos, aprender a dizer não quando necessário, a dizer o que pensamos sem violentar, a compreender que o outro tem outra visão de mundo e que nem sempre ele vai concordar com você.
Isto me remete a autenticidade. Ser autêntico é ser livre para ser o que quiser, dizer o que pensamos, assumir nossa verdadeira identidade, o que na teoria é simples de entender, tenho certeza de que você compreende. Entretanto, tem a turma do “deixa disso”, com discursos regados de julgamentos, de críticas, de interpretações. A turma que vai se identificar com o que você está fazendo e vai apoiá-lo. E tem você, no meio disso tudo, com seus medos, vergonhas e necessidades, ou seja, preso a convenções e regras ditadas pela sociedade. (Aqui me refiro a regras que foram convencionadas sem estarem escritas na forma de lei).
Sair desse meio e encontrar o que cuida melhor de você exige autoconhecimento e coragem para dar seu grito de liberdade, assim como fez D. Pedro.
Paz de espírito, aumento de energia e diversão, são apenas um pouquinho do que esse “livre comércio” vai te proporcionar.
Independência ou morte? Claro, independência.
Mas para onde suas atitudes e comportamentos estão te levando?
Você morre um pouco todos os dias anulando quem você é ou fazendo apenas o que acredita que os outros esperam de você.
Foto de Towfiqu barbhuiya na Unsplash
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