Eu tenho talento e aptidão para expressões artísticas: dança, desenho, música e escrita vivem no meu radar. Queria ser talvez uma espécie de Cláudia Raia que desenvolve várias artes bem. No entanto, aos 17 anos não tinha essa clareza e nem achava que dava para ser artista.
Segui carreira na área de exatas. Eu era apaixonada por matemática e química, li no Almanaque Abril sobre ser analista de sistemas e a ideia de criar softwares me encantou.
Hoje tenho 41 anos, atuo profissionalmente como analista de tecnologia da informação(TI). Comecei como desenvolvedora de software, depois gestão de TI e agora estou no âmbito dos processos de negócio.
Sou muito grata e feliz por perceber que minha escolha rendeu bons frutos, ao mesmo tempo que ultimamente, ser apenas a analista de TI não me parece mais suficiente. Eu também quero viver arte.
Foi assim que comecei a escrever e desenhar. No início eu não acreditava que poderia ser de verdade uma escritora, muito menos uma ilustradora. A minha falta de fé fazia com que eu não tivesse constância nesse propósito, vivia entre começos e recomeços. Além disso, passava a maior parte do tempo trabalhando, não tinha espaço para esses novos papéis.
Eu sabia que se quisesse desenvolver essas habilidades precisaria rever minha rotina. Para ter espaço para o novo, teria que me desfazer do que não fazia mais sentido, além de encontrar estratégias para incluí-lo no dia a dia.
Vivo essa jornada, afinal estamos em constante mudança.
Mudanças falam de novidades. Novidades pedem tempo. Tempo requer disponibilidade. Disponibilidade tem a ver com prioridades. Prioridades questionam o que é mais importante. O importante traz clareza sobre o que se pode deixar ir. E o que pode ir, traz espaço para as novidades.
Você se percebe nesse ciclo? Talvez não, mas é isso que todos vivemos. Entretanto, podemos fazer escolhas no automático, sem muita reflexão, ou podemos nos questionar:
- O que é importante para mim?
- Como tenho vivido?
- Por que faço o que faço?
- Como me sinto?
- Como quero me sentir?
- Do que tenho cuidado?
- Do que sinto importante cuidar?
Respostas que vão guiar para o melhor caminho, o seu melhor caminho e não o que outra pessoa possa sugerir.
Aprender a se ouvir é treino. E é por onde você precisa começar, se quiser se sentir mais realizado.
Atualmente, ostento o título de escritora, lancei três livros. Dois impressos e um digital. E recente, comecei a aprender a desenhar. Daqui a um ano, provavelmente, também poderei trazer na minha descrição o título de ilustradora.
E a melhor parte disso é que não espero um quando, esse movimento me faz sentir completa agora.
Vamos deixar o quando no passado e se voltar para o presente.
O que vai fazer hoje por você?
Foto de Annie Spratt na Unsplash
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